segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Razão e sensibilidade

O homem é um animal racional e emocional, e não é difícil perceber isso. Se dermos o nome de razão àquele nosso lado sistemático, que busca orientar nossos pensamentos e controlar nossas emoções, encontrando as melhores maneiras de lidar com as mais diversas situações, e de sensibilidade a instância que adora esquecer essa ponderação toda e agir com impulso e intensidade... fica claro como essas duas esferas são bem familiares a nós. No nosso dia-a-dia, nos acostumamos a usar expressões como “Fulano perdeu a razão” ou “Estou ouvindo meu coração”. Dizemos que há pessoas mais racionais, e outras mais emocionais, ou passionais.

Na filosofia e na literatura, há uma infinidade de autores que escrevem sobre esse tema. Platão tem uma alegoria interessante para a maneira como devemos lidar com nosso interior. Imagine uma carruagem. Os cavalos representam nossas emoções. O cocheiro é a razão. E as rédeas com as quais o cocheiro segura os cavalos representam a vontade. Ou seja: se usarem sua vontade, as pessoas conseguem fazer com que a razão controle os sentimentos, as emoções e, com isso, nossos desejos, nossos ímpetos – desejos e ímpetos não querem saber de regras, só querem ser realizados... E, então, cabe à razão botar ordem na casa.

Já Balzac oferece um lugar mais honroso às emoções, na voz do seu narrador de A Mulher de 30: “O raciocínio é limitado por natureza, o sentimento é infinito. Raciocinar onde é preciso sentir, isso é próprio das almas medíocres.”

E você, o que pensa do duelo entre razão e emoção? Ou não acredita que haja um duelo?

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